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Protagonismo sustentável do coop mineiro é destaque na COP30

25/11/2025

O cooperativismo de Minas Gerais teve participação histórica na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA). Minas foi representada pelo Sistema Ocemg – única Organização Estadual a apresentar um case na programação oficial – e mais nove cooperativas, que mostraram ao mundo exemplos concretos de transição energética, reflorestamento, agricultura de baixo carbono e outras iniciativas climáticas que já estão em curso no Estado.

Maior conferência ambiental do mundo, a COP30 reuniu mais de 42 mil pessoas na capital paraense e definiu os próximos passos no enfrentamento das mudanças climáticas e apoiar os países na adaptação aos efeitos do aquecimento global. O modelo cooperativista foi apresentado como um elo entre as metas ambientais mundiais e transformações locais com protagonismo coletivo.

Os projetos cooperativistas mineiros levados à COP integram sustentabilidade, inovação e desenvolvimento regional: geração de energia limpa com impacto social, agricultura regenerativa, reflorestamento, renovação de frotas e boas práticas no campo. Selecionados pelo Sistema OCB, os cases foram apresentados em painéis e debates presenciais e em conteúdos digitais exibidos nas áreas oficiais da conferência.

 

Energia cooperativa mineira

Um dos destaques cooperativistas na COP30 foi o MinasCoop Energia, programa criado pelo Sistema Ocemg em 2020. O projeto foi apresentado na Green Zone – área de contribuições da sociedade civil e setor produtivo – como exemplo de transição energética justa. Com 138 usinas fotovoltaicas instaladas em 88 municípios mineiros e investimento superior a R$ 64,5 milhões, o programa conecta 52 cooperativas de diferentes ramos em torno de um objetivo comum: produzir energia limpa com retorno direto para a sociedade.

A iniciativa se destaca pela doação de parte da energia gerada para 80 instituições filantrópicas, como hospitais, creches, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) e lares de idosos, que juntas atendem mais de 4 milhões de pessoas em Minas Gerais. Segundo o superintendente do Sistema Ocemg, Alexandre Gatti Lages, as doações equivalem a cerca de R$ 2,6 milhões por ano. “É um modelo que gera economia para as cooperativas, alívio financeiro para entidades sociais e desenvolvimento sustentável nos territórios”, afirmou.

Outro diferencial do MinasCoop Energia é o arrendamento de terras improdutivas no Norte de Minas para construção das usinas. Desde 2020, o contrato de cessão de terrenos já gerou cerca de R$ 230 mil em renda extra para 12 famílias da região. “Estamos falando de uma transição energética com inclusão, justiça social e transformação real na vida das pessoas”, reforçou Gatti durante a COP.

 

Cooperativas mineiras presentes

Além do Sistema Ocemg, três cooperativas apresentaram presencialmente seus cases na conferência:

Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) – Criadora do Protocolo Gerações, metodologia que orienta práticas sustentáveis na cafeicultura, avaliando critérios ambientais, sociais e econômicos com suporte técnico aos cooperados.

“Durante o painel na COP30, destacamos nossa ferramenta de sustentabilidade com foco na realidade da cafeicultura brasileira. O diferencial está no acompanhamento contínuo dos cooperados em campo, promovendo uma jornada estruturada rumo à produção sustentável, com rastreabilidade e apoio técnico em todas as etapas”, disse Natália Carr, gerente de ESG na Cooxupé.

Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Cargas e Passageiros (Coopmetro) – Responsável pelo Programa de Renovação de Frotas, que reduziu em 22% as emissões de CO² no transporte de cargas e aumentou em 40% a renda média dos cooperados, ao facilitar a aquisição de veículos mais eficientes.

“Foi uma honra representar o transporte cooperativista em um momento tão importante para o país como a COP30. Estar presente na conferência mostrou o quanto esse elo da cadeia produtiva faz diferença para o desenvolvimento nacional. Ver o cooperativismo assumindo protagonismo, trazendo soluções reais para a transição energética e investindo em programas como a renovação de frotas foi motivo de muito orgulho”, acrescentou Evaldo Matos, diretor administrativo da Coopmetro.

Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR) – Levou à COP30 o projeto Práticas Nota 10, que reconhece e estimula boas práticas nas fazendas leiteiras mineiras. A cooperativa também teve conteúdos digitais sobre sua usina solar, ações de reciclagem e logística sustentável.

“Mostramos, com indicadores concretos, que a atividade leiteira, quando bem conduzida, não só gera resultados financeiros e sociais como também contribui para a redução das emissões de CO². Trata-se de um conjunto de orientações técnicas aplicadas diretamente nas fazendas leiteiras, com foco em gestão, conforto animal, qualidade do leite e desenvolvimento agronômico. O objetivo é transformar a propriedade rural em uma unidade mais eficiente, sustentável e economicamente viável”, explicou Marcelo Candiotto, presidente da CCPR.

 

Mais impacto cooperativista na COP30

Além das apresentações presenciais, outras cooperativas mineiras também marcaram presença na COP30 por meio da programação digital oficial da conferência. Os projetos foram exibidos em painéis, totens interativos e plataformas online, ampliando o alcance das soluções desenvolvidas em Minas Gerais para os desafios climáticos globais.

Clique aqui para conhecer mais 10 cases que mostram como o cooperativismo mineiro constrói um futuro mais sustentável.

Sistema Ocemg

 

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