Comitês estaduais de jovens e mulheres começam planejamento para 2026
25/11/2025
Para celebrar conquistas e definir os próximos passos, 25 mulheres e jovens cooperativistas de Minas Gerais se reuniram, nesta segunda-feira (24/11), no Centro de Treinamento do Sistema Ocemg, em Belo Horizonte, para o balanço anual de seus comitês representativos. A reunião também marcou o início da preparação para o Ano Internacional da Mulher Agricultora, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2026.
Segundo a gerente de Educação e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Ocemg, Andréa Sayar, o encontro reafirma o compromisso do cooperativismo mineiro com a formação de lideranças diversas e preparadas. “Ampliar a participação de jovens e mulheres é essencial para fortalecer nossas cooperativas. Ocupar esses espaços exige preparo, e encontros como este são parte do nosso esforço contínuo de formação, escuta e construção coletiva”.
Juventude em movimento
Integrante do Comitê Estadual de Jovens Cooperativistas de Minas Gerais e representante do Sicoob Credichapada, Joice Nunes apresentou os principais marcos da atuação da juventude em 2025. Segundo ela, o período foi marcado por maior visibilidade, fortalecimento do protagonismo nas cooperativas e ampliação da rede de conexões entre os comitês locais e as ações nacionais.
“Sentimos que 2025 foi o ano em que começamos a ter voz e vez. A juventude passou a ser procurada, ouvida e valorizada nas cooperativas e nas pautas do movimento. Isso nos motiva a buscar mais presença, mais diálogo e mais resultados concretos no próximo ciclo”, destacou a jovem cooperativista.
Balanço do Comitê Estadual de Jovens Cooperativistas de Minas Gerais
- 5 reuniões ordinárias (1 presencial e 4 virtuais)
- 10 conteúdos divulgados em redes sociais do Sistema Ocemg e cooperativas
- 248 jovens participantes no Encontro Estadual
- 6 encontros regionais em Unaí, Varginha, Coronel Fabriciano, Caratinga, Três Pontas e Boa Esperança
- 20 encontros online com colaboradores e integrantes do comitê
- 16 comitês de jovens constituídos entre 2020 e 2025
- 300 participantes no Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas em 2025
Mulheres em foco
Representante do Comitê Estadual de Mulheres Cooperativistas de Minas Gerais e diretora de Negócios do Sicoob Credivag, Cristiane Souza Silveira apresentou o panorama das ações realizadas pelo colegiado, destacando avanços, desafios e a consolidação de instrumentos de participação feminina no cooperativismo mineiro.
“O fortalecimento das mulheres e dos jovens no cooperativismo tem avançado porque estamos construindo conexões reais e ampliando a representatividade em diferentes ramos. O Comitê de Mulheres tem papel estratégico ao transformar reflexões em ações e apoiar cooperativas na formação de grupos locais, criando bases sólidas para uma participação cada vez mais plural e qualificada”, afirmou.
Balanço do Comitê Estadual de Mulheres Cooperativistas de Minas Gerais
- 4 reuniões ordinárias do comitê em 2025
- 19 matérias veiculadas em jornais e redes sociais do Sistema Ocemg
- 5 workshops estaduais conduzidos ao longo do ano
- 119 participantes nas escutas regionais
- 50 reuniões com cooperativas para construção ou fortalecimento de comitês
- 28 comitês de mulheres constituídos entre 2022 e 2025
- 217 participantes nos workshops itinerantes de 2025
- 4 novos comitês criados a partir dos encontros regionais
Mulheres no agro
A programação do encontro também trouxe uma imersão no tema que norteará as ações do Comitê Estadual de Mulheres Cooperativistas em 2026: a presença feminina no agronegócio. Alinhado à agenda da ONU, o assunto será aprofundado ao longo do ano em estratégias, debates e iniciativas concretas de fortalecimento da participação das mulheres no setor, com destaque para o Encontro Estadual de Mulheres, que deve reunir cerca de 300 lideranças.
Segundo Andréa Sayar, a escolha do tema exige uma abordagem firme, atualizada e estratégica: “Falar sobre mulheres no agro é falar sobre liderança, governança e presença qualificada na gestão dos negócios. O cooperativismo mineiro precisa atuar de forma estruturada para ampliar essas oportunidades e transformar vivências em protagonismo real”.
A apresentação das perspectivas para o Ano Internacional da Mulher Agricultora foi feita pela consultora Alessandra Decicino, com dados e reflexões sobre o cenário nacional e propostas para fortalecer a pauta no cooperativismo: “Discutir a atuação feminina no agro é trazer à tona realidades, desafios e possibilidades”, destacou. “Ao incluir também os jovens nesse diálogo, conseguimos formar novas lideranças com consciência, visão de negócios e compromisso com a diversidade. O tema nos convida a construir ações com impacto concreto e mais resultados para as cooperativas”.
Além da especialista, integrantes dos comitês ligadas ao ramo agropecuário trouxeram vivências e análises sobre as mulheres do campo que reforçam a importância de discutir o tema de forma estruturada, estratégica e conectada à realidade das cooperativas.
A coordenadora de Gestão de Pessoas da Cooperativa Agrícola de Unaí (Coagril), Gabriela Oliveira, membro do Comitê Estadual de Jovens Cooperativistas, destacou que a jornada de inserção feminina e jovem no agro exige preparo e resiliência, mas já demonstra avanços concretos: “Quando unimos inovação e força, mostramos que esse espaço também é nosso. E é com preparo que conseguimos transformar obstáculos em oportunidades reais de atuação”.
Para Lorena Miranda, gerente de Relacionamento com o Cooperado da Cooperativa Agrária de Machado (Coopama) e integrante do Comitê Estadual de Mulheres Cooperativistas, a valorização das mulheres do campo é essencial para garantir bons resultados e a continuidade dos negócios cooperativistas. “A mulher no agro é peça-chave na gestão, na sucessão familiar e na inovação. Ao incluir esse tema como prioridade, o cooperativismo amplia visibilidade, valoriza competências e cria caminhos reais para que mais mulheres ocupem espaços de liderança com consciência do seu papel e impacto”.
Sistema Ocemg